Cidade torta é essa. Os prédios um pouco pêndulos para o lado e para a frente.
Elisa me disse que seria por causa dos móveis das casas que eram erguidos pelas fachadas para entrarem pelas janelas, já que pelas escadas era impossível.
Inclinados um pouco para a frente, os móveis que o subiam não bateriam nas paredes e janelas dos andares pelos quais deveriam passar. Para ajudar no sistema de guincho, todos os prédios antigos têm um braço no topo, normalmente decorado, ou de gesso, ou de ferro, para amarrar as cordas que erguem os móveis, num sistema muito simples.
De tão simples e inteligente, achei de uma delicadeza imensa imaginar essas casas todas habitadas só por moradores holandeses, quando a cidade ainda era ocupada por quem a construiu dessa maneira, tão linda.
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Mantra meu
Em mim
para mim
sobretudo mim
acolhida por mim
aguerrida em mim.
curada de mim
cansada sem mim
morada de mim
sem calma para mim
com tudo e comigo.
para mim
sobretudo mim
acolhida por mim
aguerrida em mim.
curada de mim
cansada sem mim
morada de mim
sem calma para mim
com tudo e comigo.
quem sabe?
Se tudo é um pouco
daquela partida torta
que de tudo era nada
mas que de tudo não sabia
o quanto tudo daria em nada,
porque entao tudo aquilo
tão brilhante,
refletiria em torno de uma estrela apagada?
daquela partida torta
que de tudo era nada
mas que de tudo não sabia
o quanto tudo daria em nada,
porque entao tudo aquilo
tão brilhante,
refletiria em torno de uma estrela apagada?
segunda-feira, 19 de maio de 2008
as meninas
Somos 3 e acho já bacana sermos 3.
uma duas três pequenas,
aliás uma duas grandes tres pequenas.
frágeis como flores ainda crianças
bonitas quando quase já prontas
e perdidas depois do ciclo inevitável.
somos três soltas, destacadas do nosso passado
entreligadas pela mesma história
vindas de um mesmo ninho.
problemáticas como 3 mulheres devem ser
na medida do encantamento
e da dor que nos faz 3 meninas assim,
soltas pelo destino,
genuinas nas vontades,
indecisas nas escolhas
apaixonadas pela alegria.
somos 3 e somos muitas multiplicadas pelas outras,
somos muitas e ainda 3.
quero todas e quero bem,
para o bem de todas, cada qual os seus cem.
retornadas na que nos fez,
somos frutos da mais bela flor,
sem a qual nao seríamos 3.
uma duas três pequenas,
aliás uma duas grandes tres pequenas.
frágeis como flores ainda crianças
bonitas quando quase já prontas
e perdidas depois do ciclo inevitável.
somos três soltas, destacadas do nosso passado
entreligadas pela mesma história
vindas de um mesmo ninho.
problemáticas como 3 mulheres devem ser
na medida do encantamento
e da dor que nos faz 3 meninas assim,
soltas pelo destino,
genuinas nas vontades,
indecisas nas escolhas
apaixonadas pela alegria.
somos 3 e somos muitas multiplicadas pelas outras,
somos muitas e ainda 3.
quero todas e quero bem,
para o bem de todas, cada qual os seus cem.
retornadas na que nos fez,
somos frutos da mais bela flor,
sem a qual nao seríamos 3.
domingo, 18 de maio de 2008
dois lados
quanto mais te quero
mais me distancio de mim.
sobretudo à noite quando me sinto frágil
sem o calor de ti.
porque é sobretudo à noite que você faz falta em mim
(apesar de sempre estar presente aqui).
neste preenchimento vazio que tento acalmar com sis
sustenidos e sustentados
na beleza de mis, vejo que
quanto mais me quero
mais me distancio de ti.
mais me distancio de mim.
sobretudo à noite quando me sinto frágil
sem o calor de ti.
porque é sobretudo à noite que você faz falta em mim
(apesar de sempre estar presente aqui).
neste preenchimento vazio que tento acalmar com sis
sustenidos e sustentados
na beleza de mis, vejo que
quanto mais me quero
mais me distancio de ti.
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Cais Cais
Segunda-feira morna
mole
calma.
queima em minhas mãos os restos das minhas possessões de ontem.
restam meus dedos,
meu punho,
minha alma que fala por entre eles.
e sou só eu, limpa e esvaziada de tudo que é outro.
seca de ilusões e de esperanças que são só promessas.
E me sinto preenchida de uma potência prazerosa,
de se saber forte e bonita,
de fazer crescer a segurança de si e de exaltar o cuidado sempre alerta de mim.
só a consciência de não mais querer me cortar já me basta para levantar,
sair andando livre.
bonita manhã de segunda-feira.
mole
calma.
queima em minhas mãos os restos das minhas possessões de ontem.
restam meus dedos,
meu punho,
minha alma que fala por entre eles.
e sou só eu, limpa e esvaziada de tudo que é outro.
seca de ilusões e de esperanças que são só promessas.
E me sinto preenchida de uma potência prazerosa,
de se saber forte e bonita,
de fazer crescer a segurança de si e de exaltar o cuidado sempre alerta de mim.
só a consciência de não mais querer me cortar já me basta para levantar,
sair andando livre.
bonita manhã de segunda-feira.
domingo, 11 de maio de 2008
Manhã minha
Na manhã de hoje não quis me levantar. Não era questão de sono ou cansaço. Só não queria me levantar. Parecia que estava esperando algo, ou que talvez ja prevesse o segundo despertar.
Incrível percepção de mim mesma, foi a dessa manhã de hoje. Porque no cochilo da manhã perdida, sonhei com você. E acordei renovada, energia transitada por todos os cantos do meu corpo. Bom dia.
Incrível percepção de mim mesma, foi a dessa manhã de hoje. Porque no cochilo da manhã perdida, sonhei com você. E acordei renovada, energia transitada por todos os cantos do meu corpo. Bom dia.
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